Segurança do trabalho em tempos de crise.

 

Segurança do trabalho em tempos de crise.

Em matéria veiculada pelo Blog Higiene, Saúde e Segurança, destaca-se a deterioração da segurança e saúde dos trabalhadores em função da crise que assolou o mundo. Apesar de ser um Blog de Portugal, é bem verdade que o assunto é mundial, pois por aqui também não foi diferente. A crise obrigou as empresas a reduzirem custos e com isso muita gente acabou desempregada. Porém, não é só o desemprego que afeta a segurança e saúde do trabalhador. Alguns temas se destacam, tais como: 1- Corte de custos em equipamentos de segurança

Cortar custos em tempos de crise não é  novidade para ninguém.  No entanto, é preciso saber onde reduzir. O que não pode é tentar reduzir nos quesitos de segurança e saúde. 
Deixar de comprar EPI’s ou comprar menos, por exemplo, é a chamada “economia burra”, pois a tendencia para aumentar os acidentes é obvia sem os equipamentos  e basta apenas um acidente para que toda a economia vá por água abaixo. Aliás, pouca gente sabe o custo real de um acidente. E o que é pior, poucos se dão ao trabalho de fazer esse cálculo. Dados de 2003 apontam para um custo de cera de R$83000,00 para cada acidente. Então se é necessário economizar pense bem antes de cortar os custos com a segurança e saúde de seus funcionários. O tiro pode sair pela culatra.

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2- Demissões

No que diz respeito às demissões, o ponto mais importante envolvendo a segurança e saúde do trabalhador, está no fato de que muitos acabam por entrar informalidade ou em pequenas empresas que não dão as condições mínimas de segurança e saúde para seus empregados. É bem verdade que muitos dos acidentes e/ou doenças resultantes das atividades laborais não são informados aos órgãos oficiais e acabam por não aparecer nas estatísticas. Mas é fato que muitos trabalhadores sofrem com a falta de segurança e acabam com sua integridade física comprometida pelo despudor de empresários preocupados apenas com os lucros. Muito embora economizar em segurança do trabalho não signifique lucro para ninguém, conforme vimos acima.

 

Voltando à matéria “Condições de trabalho degradam-se”, há alguns dados bem interessantes apontados pela pesquisa e que podem perfeitamente aplicar-se aqui:
“Em media, só três em cada dez trabalhadores dá prioridade ao fator saúde e segurança, enquanto 52% dos inquiridos afirma que a sua principal preocupação é não perder o emprego”.

 

A pesquisa foi realizada em “27 estados-membros da UE, e aponta que seis em cada dez trabalhadores considera que a crise econômica e o aumento do desemprego, que atinge já 22 milhões de pessoas, estão a deteriorar as condições de trabalho, especialmente no que se refere à segurança e saúde.
 
 Aqui no Brasil não há registro de pesquisa nesse sentido, mas é bem possível que os números não sejam muito diferentes, pois muitos empresários acabam por fazer da crise um motivo a mais para “aumentarem seus lucros” e fazem dos meios de prevenção o bode expiatório na redução de custos. 
Fonte: Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho; EHS Portugal 


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Darcy Mendes Darcy Mendes (812 Posts)

Técnico em Segurança do Trabalho, graduado em Gestão Ambiental e especialização em Prevenção e Combate a Incêndio. Nas horas vagas sou músico e professor de violino!!!


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