Entenda como o comportamento seguro pode ajudar na prevenção de acidentes.
Buscar o comportamento seguro dos trabalhadores não é tarefa fácil, mas podemos conseguir se atuarmos de forma objetiva e planejada. Acidentes por falhas comportamentais estão entre as principais causas das ocorrências. Cada vez mais nos convencemos de que é importante atuar na mudança comportamental das pessoas para atingirmos nosso objetivo – a redução dos acidentes. Quando sentamos para analisar um acidente seja pelo método que for, sempre nos deparamos com a velha pergunta: foi ato ou condição insegura? Com tantas ferramentas de análise que temos fica fácil chegar ao veredito, porém a resposta para a pergunta acima não será a solução definitiva para o caso se este envolver uma falha humana. Os desvios comportamentais estão presentes na grande maioria dos acidentes. Assim, nossa tarefa é fazer com que as pessoas mudem suas atitudes falhas para atitudes seguras. Não é um trabalho fácil e tampouco rápido.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O planejamento deve conter:
1- Quem vai fazer o treinamento?
2- Qual público devemos atingir primeiro?
3- Formar multiplicadores;
4- Realizar observações nas áreas de trabalho;
5- Computar os dados para levantar os principais desvios;
6- Reciclar o treinamento.
Quem vai fazer o treinamento?
Aqui você vai definir sua estratégia para o treinamento. A indicação é de que seja em princípio contratada uma empresa especializada na questão comportamental (comportamento seguro). Tem empresas muito boas nessa área. Citamos aqui a SEGFAD e a Dupont. Após a primeira fase, onde são formados os multiplicadores, é possível seguir sem a necessidade de uma empresa especializada. Podendo, se for o caso, manter uma assessoria periódica.
Qual público devemos atingir primeiro?
Aqui a resposta é clara – o treinamento deve começar de cima para baixo hierarquicamente falando. Fazer com que os cargos do alto escalão da empresa vistam a camisa da “campanha” é ponto fundamental para o sucesso da empreitada.
Somente após todos os cargos de liderança terem sido treinados é que vamos treinar os demais funcionários da empresa (todos).
Formar multiplicadores.
Os multiplicadores terão a missão de disseminarem a mudança comportamental entre os funcionários atuando em conformidade com o método adquirido no curso. A cada desvio comportamental observado, o multiplicador (também chamado de observador) deve registrar em formulário próprio a ocorrência, porém só deve fazê-lo longe do funcionário (também chamado de observado).
Realizar observações nas áreas de trabalho
Este é o item mais importante do processo. Fazer observações programadas ou não, é parte do processo de aprendizado da nova metodologia. É aconselhável definir uma meta mensal de observações para cada observador até que a prática se torne um hábito.
Computar os dados para levantar os principais desvios
Fazer a tabulação mensal e dos principais desvios e elaborar um plano de ação para os casos mais críticos.
Reciclar o treinamento.
A reciclagem do treinamento deve ser feita sempre que for percebido que a prática está caindo no esquecimento. Isso pode ser controlado através do nº de observações mensais.
Apesar de sabermos da dificuldade que é mudar comportamento, o trabalho de observação comportamental é um grande aliado nessa tarefa. Outros programas podem ser executados em paralelo visando fortalecer o processo de mudança que envolve, com toda a certeza, a questão cultural também.
Vale lembrar que nem todas as pessoas estão preparadas para mudanças. É imprescindível que sejam identificados possíveis líderes negativos e que estes sejam trabalhados para assumirem uma postura positiva diante de seus comandados. Em último caso, atitudes administrativas mais drásticas devem ser tomadas para evitar que o processo de mudança comportamental não seja comprometido.
Para um trabalho mais seguro é importante que as pessoas demonstrem com suas atitudes e ações, que estão preparadas para a nova filosofia da empresa. Ou seja, assumiram de vez a responsabilidade pela sua segurança e também pela segurança de seus companheiros de trabalho, tanto dentro quanto fora da área fabril.