Engenharia de confiabilidade previne falhas na indústria, aponta especialista

Engenharia de confiabilidade previne falhas na indústria, aponta especialista

Autor: Isabela

Falhas crônicas de máquinas, sistemas produtivos, incluindo erros humanos, são responsáveis pelo gasto de mais de 300 bilhões de dólares nos EUA a cada ano e os custos de manutenção representam de 20-30% do orçamento na indústria química e 40-50% na mineração.
No Brasil, a situação não é diferente e dados da última pesquisa da Associação Brasileira de Manutenção (Abraman) revelam que o país investe cerca de 128 bilhões de reais em manutenção de produtos, equipamentos, pessoal e material, o que representa 4,14% de seu faturamento bruto das indústrias. Os equipamentos e instalações têm, em média, 17 anos de utilização.
Os estudos de engenharia de confiabilidade, através da análise de riscos e falhas, permitem economia de divisas, pois possibilitam um melhor planejamento da operação e manutenção de equipamentos e sistemas, reduzindo gastos e estoques de peças sobressalentes, além de perdas de produtos decorrentes de paradas na linha de produção. Um sistema de manutenção adequado economiza, em média, de 3 a 5% com gastos de manutenção.

Neste sentido, a atuação do engenheiro de confiabilidade é de fundamental importância, na prevenção da ocorrência de falhas, configurando-se como um trabalho estratégico. Paulo Victor Fleming, Doutor em Tecnologia Industrial e consultor da Aremas, explica que a confiabilidade é a medida da capacidade de um produto ou sistema funcionar sem falhas durante certo período de tempo, sob condições especificadas.

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– A confiabilidade de um produto ou sistema termina com uma falha. Ou seja, ocorre a “não-confiabilidade“. Muitos empreendimentos industriais convivem com um alto custo de não-confiabilidade! É exatamente este alto custo da não-confiabilidade que motiva soluções de engenharia para controlar e reduzir tais custos, afirma.
No âmbito industrial, os engenheiros de confiabilidade fornecem orientações estratégicas para melhorar o desempenho dos equipamentos em sistemas produtivos, avaliando os custos de paradas de produção e manutenção, impacto na segurança e meio ambiente e orientações sobre como ampliar a vida útil de produtos e processos, facilitando a execução de tarefas de manutenção.
Fleming destaca que, nos últimos dez anos, o números de engenheiros em cargos de confiabilidade cresceu, especialmente nos setores de petróleo, petroquímica, aeronáutico, siderúrgico, de geração e distribuição de energia elétrica, e mineração:
 – Desde então, diversos outros setores industriais, tais como, ferrovias, metrô, automobilístico, eletro-eletrônicos, alimentos, plásticos, autopeças, papel e celulose e equipamentos, têm percebido a importância da utilização das técnicas de confiabilidade na melhoria de seus produtos e processos produtivos, seja no projeto, manufatura, montagem, operação e na manutenção destes, complementa.
Perfil do Autor
Jornalista, especializada em ciência, tecnologia e economia.


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