Falando para quem não quer ouvir

Treinamentos - Falando para quem não quer ouvir

Falando para quem não quer ouvir é um texto que escrevi baseado em minhas experiências

Durante esses anos todos que trabalho com prevenção, já fiz todo tipo de trabalho visando a redução de acidentes. Como por exemplo:

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Cartazes, faixas, gincanas, treinamentos, etc.
Neste artigo vou tratar especificamente do tema falando para quem não quer ouvir. Depois escreverei sobres os outros temas.

Treinamentos 

Este, amplamente usado nos dias de hoje, pode ser considerado o melhor meio de trabalhar a prevenção, porém tem alguns detalhes importantes que envolvem a sua realização:

Qual

É importante que o treinamento seja elaborado baseado nas estatísticas da empresa. Além daqueles que são obrigatórios, devemos ter em mente que as estatísticas sinalizam a necessidade deste ou daquele treinamento.

Para quem 

Aqui deve ser definido seu público alvo, sempre baseado nas estatísticas para que não haja desperdício de tempo e dinheiro.

Onde 

Definir o local que será realizado o treinamento baseado no seu tipo, abrangência, quantidade de treinandos e objetivo específico. 

Material 

Preparar todo o material didático necessário para que não falte nada durante os treinamentos.

Duração 

Estude a duração necessária para o treinamento. Treinamentos longos tendem a ser cansativos e, portanto acabam por perder o interesse antes de chegar ao final.

Responsável 

Definir um responsável pela elaboração do treinamento, caso a empresa não tenha um setor específico. Este fará o cronograma do treinamento e convocará os treinandos com pelo menos uma semana de antecedência e enviar um lembrete um dia antes.

Palestrante 

Como estamos falando de treinamentos internos, ou seja, realizados pelo próprio departamento de segurança da empresa, então é preciso que os profissionais que ministrarão o treinamento estejam bem preparados sobre o assunto a ser abordado. 
E aqui chego ao ponto a que me refiro no título: Falando para quem não quer ouvir. Por que desse título? Nós profissionais de segurança do trabalho, sabemos que numa sala de treinamento tem todo tipo de pessoa.
  • Tem aquele que realmente está interessado no assunto. Ele participa ativamente do treinamento;
  • Tem outro que finge que está interessado;
  • Alguns demonstram claramente que estão contrariados por estarem ali, principalmente se o treinamento for realizado depois de seu horário de trabalho;

 Fazendo uma análise desses três itens (existem outros), chegamos a algumas conclusões:

No primeiro caso fica fácil. Falar para quem está interessado no assunto, como dizia minha avó, é canja de galinha!
Para aqueles que fingem que estão interessados, já é difícil falar, até porque não é fácil identificá-los no meio dos outros.
O mais importante são aqueles do terceiro item. É para esses que você tem que falar. São estes que voce terá que convencer, pois eles não querem ouvir o que você tem a dizer e ainda podem atrapalhar os interessados. Cabe a você, caro colega, usar de sua experiência para trazê-los para dentro do assunto. Incentivá-los a participar! Tenha sempre uma boa história para contar. As pessoas gostam de ouvir sobre coisas que já aconteceram! Use textos rápidos ligados ao assunto principal. Use alguma dinâmica que force a participação de todos.
Certa vez fui realizar um treinamento no horário das 14h00, numa temperatura ambiente de 28º, numa sala sem ar condicionado com 60 participantes. Não preciso dizer que depois de algum tempo o assunto principal era o calor. 
Portanto, cuidado com o local do treinamento. Ele deve ser o mais agradável possível. Fazer com que as pessoas esqueçam-se da sua área de trabalho. Imaginem que eles saíram de uma fundição e foram para o treinamento. Se a sala estiver um “forno”, adeus treinamento. Será tempo perdido. Você jamais conseguirá chamar a atenção de seus ouvintes se não tiver muito “jogo de cintura”. Conheço um colega que enfrentou a mesma situação e não teve dúvida: Levou o pessoal para um jardim e terminou o treinamento lá, para alívio de todos. É claro que neste caso foi possível usar essa estratégia. Mas pode ser que não tenha como fazer isso, devido o seu material didático estar todo no CD, por exemplo.
De qualquer forma, falar de prevenção de acidentes não é uma tarefa fácil, até porque os treinandos sempre acham que já sabem o que você vai falar. E aqui eu cito mais um caso que aconteceu comigo: 
Fui ministrar um treinamento que era realizado todos os anos na empresa por ser o item responsável por mais de 90 porcento dos acidentes. 
Assim que o pessoal começou a entrar na sala, eu li na fisionomia da maioria: Vamos ouvir a mesma ladainha de sempre! O treinamento era de apenas uma hora e comecei falando que era de suma importância que todos prestassem muita atenção porque tinha novidades para eles. Pronto despertei a atenção de todos. Depois de 15 minutos falando o que eles já estavam cansados de ouvir, parei e fiz uma dinâmica com a participação de todos. Falei mais um pouco e apliquei outra dinâmica. Tudo coisa rápida ligada diretamente ao assunto do treinamento. Foi um dos melhores treinamentos que já realizei. No final fui aplaudido e houve comentários sobre o meu bom desempenho como palestrante.
Então o que nós precisamos é, além da preparação necessária, de uma boa dose de criatividade a fim de se fazer ouvir até por aqueles que não querem ouví-lo.
Espero que este artigo possa ajudar aos profissionais que estão começando e até mesmo os mais experientes da área.
Boa sorte a todos!

2 thoughts on “Falando para quem não quer ouvir

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