Mudanças acontecem o tempo todo dentro de uma empresa. Sejam elas, estruturais, de processo, de equipamento ou simplesmente o fluxo de uma via, estas necessitam de um estudo para ver a viabilidade e os prós e contras da mudança.
Gerenciando as mudanças para controlar os riscos.
Para que a mudança não venha a aumentar os riscos ou potencializar algum existente, o estudo deve prever os detalhamentos e seus possíveis impactos
.
É interessante criar uma equipe multidisciplinar para discutir a mudança, envolvendo:
- Solicitante
- Executante
- Engenharia e projetos
- Segurança do Trabalho
- Saúde
- Meio ambiente
- Fases do estudo
É importante que haja um documento de Gerenciamento de Mudanças onde contemple:
- Solicitante da mudança
- Cargo e data
- Local que ocorrerá a mudança
- Situação atual
- Situação proposta
- Motivo da mudança, e
Resultado esperado
- Tipo de mudança
- Processo
- Construção / instalações
- Materiais
- Ambiente de trabalho
- Meio ambiente
- Equipamentos
- Procedimentos de manutenção
- Procedimentos de operação
- Matéria prima, insumo
- Outros.
Classificação da mudança
- Permanente
- Temporária (prever prazo)
- É a primeira vez que ocorre? (se já aconteceu outras vezes, explicar porque está sendo feita novamente)
Avaliação de Riscos
- Riscos à saúde (físico, químico e biológico)
- Riscos ergonômicos
- Riscos mecânicos
- Riscos de operação
- Riscos elétricos
- Aspectos e impactos ambientais
- Aspectos legais
- Outros
Detalhamento das mudanças
- A mudança ocorrerá em área e/ou equipamento de alto risco? Qual?
- Pessoas serão afetadas ou expostas?
- Envolve aspectos de saúde ocupacional? Se sim, será necessário realização de laudos?
- Envolve aspectos ambientais tais como: consumo de recursos naturais, degradação de área, incêndio florestal, descarte de efluentes líquidos, emissões atmosféricas, resíduos perigosos, acidente em transporte de cargas perigosas.
- Envolve autoridades externas relacionadas a meio ambiente e saúde ocupacional?
- Tem alguma exigência legal?
- Exige projeto, desenhos / croquis?
- Será necessário treinamento / orientação após a mudança?
Após a mudança
- As pessoas envolvidas / afetadas foram orientadas ou treinadas?
- Os riscos ambientais foram contemplados?
- Os riscos relacionados à segurança e saúde foram contemplados? Houve necessidade de novos controles?
- Foi informado as autoridades competentes?
- Os critérios de engenharia foram contemplados e/ou revisados?
- As alterações foram testadas / simuladas?
- Houve algum risco durante os testes que não foi previsto na avaliação de risco?
- O plano de ação da mudança foi cumprido?
Resultados
- A mudança ficou de acordo com o esperado?
- Será mantida?
- Se temporária, poderá se tornar permanente?
Esse é apenas um modelo de gerenciamento de mudança, que pode ser adaptado à realidade e necessidade de cada um.
Essa é uma prática que deve nortear qualquer mudança, pois fazendo assim, a chance de algo sair errado é praticamente zerado.
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Darcy, sei o quanto é difícil “espalhar” conhecimentos sobre SMS. Meu comentário a respeito do tema é bem simples.
Mudança significa alteração. Assim, desde o início já teremos uma probabilidade de a mesma não ser aceita como se projeta. As mudanças na área de SMS, infelizmente, hoje em dia, passam necessariamente pela revisão dos processos e da atuação da equipe. Justificativas para isso os empresários apresentam: implantar políticas de SMS prejudicam o bom andamento da obra e põe a perder a produtividade da empresa. Isso é um axioma. Em algumas pesquisas de campo que realizei, para a implantação do programa de Gestão de Mudanças, percebí que a refração às mudanças era de cerca de 65%, antes mesmo das pessoas serem informadas à respeito. Mas, ainda persigo a idéia de que o processo deva permear toda a estrutura hierárquica e requer muitas discussões e capacitação de pessoal.