Um artigo no site da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no trabalho, me chamou a atenção e me inspirou a escrever este artigo.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Ninguém discorda que em tempos de crise econômica, ter um Sistema de Gestão de SST deficiente, ou pior – não tê-lo, pode custar muito dinheiro para a empresa. Estudos mostram que há uma relação direta entre uma boa gestão da SST na empresa e a melhoria do desempenho e da rentabilidade.
Visão panorâmica
Também não é segredo para ninguém, que todos perdem quando a SST é negligenciada, desde os trabalhadores, a empresa e os sistemas de saúde. No entanto, se boas práticas de SST forem adotadas, todos também saem ganhando.
É fato, também, que se o país não investe na prevenção de SST; seja em campanhas, incentivos e fiscalização, acabam por despender muito mais recursos com lesões e doenças que seriam facilmente evitáveis com uma estratégia em SST. Um bom programa nacional de SST vai gerar inúmeros benefícios, tais como:
- Mais produtividade graças a menos tempo de ausência por motivo de doença;
- Menos despesas com saúde;
- Manter ativo os trabalhadores mais velhos;
- Promover tecnologias e métodos de trabalho mais eficientes;
- Redução de horas gastas para cuidar de pessoas incapacitadas por doença ou acidente.
Perspectivas
É imprescindível que os responsáveis políticos e empresários compreendam os custos de uma SST deficiente ou inexistente (principalmente os pequenos e médios empresários). Alguns são óbvios, como por exemplo, perda de dias de trabalho e pagamento de indenizações. Porém, há reflexos que são mais difíceis de avaliar, como o do sofrimento humano. Os efeitos econômicos para a sociedade dos acidentes e lesões relacionados com o trabalho podem estar mascarados, como, por exemplo, na desmotivação do pessoal ou a perda de clientes e contratos.
“As estimativas são variáveis – razão pela qual é necessária mais investigação -, mas, de uma forma geral, para a maioria dos países, os custos de acidentes de trabalho e doenças profissionais estão compreendidos entre os 2,6 % e os 3,8 % do PIB.”
Um detalhe importante nessa história toda, é que, estatisticamente, os números que conhecemos não representam a realidade, pois nem tudo o que acontece é registrado. Sendo assim, fica difícil avaliar em larga escala os custos de uma SST deficiente em todo o Brasil.
As vantagens para o negócio
Ter um Sistema de Gestão de SST eficiente traz vantagens. As empresas com padrões mais elevados em matéria de segurança e saúde no trabalho são mais bem vistas pelos clientes e mais sustentáveis.
Na Europa, estudos mostram que, a cada euro investido em SST, existe um retorno de 2,2 euros, e que a relação custo-benefício do reforço da segurança e da saúde no trabalho é favorável.
Os benefícios econômicos para as empresas, tanto grandes como pequenas, de uma boa Gestão em SST são significativos. Veja alguns exemplos das vantagens de uma boa Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho:
- Aumento de produtividade dos trabalhadores;
- Redução do absentismo;
- Redução das indenizações;
- Melhora no clima da empresa;
- Melhora da imagem da empresa; etc.
Exemplos a serem seguidos
Na Europa foram criados sistemas destinados a premiar financeiramente as organizações pela qualidade da SST. Neles se incluem:
- Prêmios de seguros mais baixos;
- Benefícios fiscais;
- Subsídios e outros auxílios estatais;
O setor do abate na Alemanha é um bom exemplo. As empresas participantes teriam os seus prêmios de seguros reduzidos se promovessem a segurança, por exemplo, com a compra de facas seguras ou disponibilizando formação aos motoristas em matéria de segurança.
O sistema resultou em:
- Menos 1000 acidentes por ano a declarar no setor na Alemanha;
- Redução dos custos avaliada em 40 milhões de euros em 6 anos;
- Poupança de 4,81 euros a cada euro investido.
Para as seguradoras, a oferta destes sistemas pode ajudar a reduzir o número, a gravidade e o custo de regulação dos sinistros.
No Brasil
O País ocupa a 4ª posição no ranking mundial de acidentes com mortes.
Por aqui temos o FAP – Fator Acidentário Previdenciário, que chegou com a missão de incentivar as empresas a investirem mais em SST. Mais precisamente, como descrito no site da DataPrev: “A implementação da metodologia do FAP servirá pára ampliar a cultura da prevenção das doenças e acidentes do trabalho, auxiliar a estruturação do Plano de Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador – PNSST, que vem sendo estruturado mediante a condução do MPS, MTE e MS, fortalecendo as políticas públicas neste campo, reforçar o diálogo social entre empregadores e trabalhadores, tudo a fim de avançarmos cada vez mais rumo às melhorias ambientais no trabalho e à maior qualidade de vida para todos os trabalhadores no Brasil.”
- Essas alíquotas poderão ser reduzidas em até cinquenta por cento ou sofrer um aumento de até cem por cento, em razão do desempenho da empresa em relação à sua atividade econômica;
- Incentivo à renovação de maquinário industrial;
No entanto, é preciso o comprometimento de autoridades, empresários e empregados para que num esforço conjunto, possamos de forma mais eficiente reduzir os custos com doenças e acidentes do trabalho.
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Darcy : Muito bom seus detalhes sobre Segurança e Saúde no Trabalho. Parabéns pela ótima matéria ! Gostei !
Sou TST aposentado pela Votorantim Celulose e Papel ( hoje, Fíbria ). Sou de Mogi Guaçu – S.P., trabalhei após a aposentadoria em vários projetos e paradas de manutenção, também ministrei vários treinamentos até o ano passado, que somando são 23 anos na área de Segurança. Muito sucesso para você ! Abraços : Bretas
Obrigado pelo incentivo José Manoel!
Abraços
Olá Darcy, muito bom são seus artigos sou formado em TST, não estou no mercado de trabalho, mas já faço alguns serviço free lance como treinamentos, DDS, brigada, uso seus artigos como apoio de trabalho e pesquisa. obrigado.