Trabalho em altura – é possível evitar acidentes nesses trabalhos

trabalho em altura?

O que pode ser feito para diminuir os acidentes em trabalho em altura

Ninguém pode negar que todo trabalho em altura envolve risco de acidente para o trabalhador. No entanto, nos dias de hoje é inadmissível que empresas continuem a expor seus colaboradores a riscos nesse tipo de tarefa, pois há equipamentos e dispositivos de segurança para todo e qualquer tipo de trabalho em altura.
Esta semana passei em frente a um prédio em construção e notei que nenhum – eu disse nenhum – funcionário estava usando o cinto de segurança. O pessoal estava trabalhando no sexto andar e sem qualquer preocupação com a segurança. Não é a toa que a construção civil colabora com a maior parte dos acidentes de trabalho no Brasil. O descaso com a segurança é muito grande e a vida do trabalhador é posta à prova todos os dias.

Pode parecer loucura do ponto de vista humano, mas é sabido que todo contrato de prestação de serviço prevê um custo para eventuais acidentes (entenda-se morte). Então, se morre alguém na obra, a terceirizada assume tudo, mas quem paga os custos é a contratante. Obviamente que do ponto de vista contábil, é perfeitamente compreenssível que seja assim. Que todos os possíveis custos sejam previstos. Porém, além desse custo, também são previstos os custos com equipamentos de segurança, então a contratante tem o dever de fiscalizar possíveis irregularidades na prevenção de acidentes que vão desde o fornecimento de EPI’s, documentação obrigatória e tudo que envolve a segurança dos funcionários.

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Ao que parece, as empresas querem sempre ganhar mais e acabam escolhendo a segurança para economizar, porém do modo errado. Sabemos que é possível conseguir uma grande economia com investimentos em segurança, mas o que acontece é o contrário – deixa-se de gastar com segurança pensando estar economizando. E aí vale tudo, desde comprar equipamentos de péssima qualidade e que são de grande desconforto para o trabalhador e até mesmo o não fornecimentos dos equipamentos que é o caso que citei acima. A economia é ilusória, pois a sorte não é para a vida toda e a qualquer momento alguém pode sofrer uma queda e aí o lucro foi para o espaço. Muito embora a contratada não perca “nada”, pois isso já estava previsto nos custos, é óbvio que todos saem perdendo com isso, principalmente o trabalhador e sua família.

Já passou da hora dos sindicatos da construção civil contarem com um profissional de segurança do trabalho para fiscalizarem essas obras espalhadas pelas cidades brasileiras. Sabemos que o Ministério do Trabalho não tem gente suficiente para isso, então, se queremos realmente acabar com os acidentes, está na hora das entidades de defesa do trabalhador começarem a agir com rigor nos descasos dos maus empresários e por um fim nessa triste estatística que envolve o setor.

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Video sobre capacetes de segurança para altura

8 thoughts on “Trabalho em altura – é possível evitar acidentes nesses trabalhos

  1. A história de que os empresários não praticam segurança é antiga. As empresas contratantes, mesmo as de poder econômico elevado, não fiscalizam as contratantes 100% porque elas sabem que "se apertar muito", não encontrará mais mão de obra disponível no mercado. NÃO QUE EU SEJA FAVORÁVEL A ISSO. As terceirizadas vivem de obras por prazos determinados e não têm nem "cultura de SMS nem vontade para praticá-la". Treinar trabalhadores que irão desenvolver suas funções por curto espaço de tempo, para elas não compensa, dado aos custos elevados disso. Para acabar com essa situação eu acho que OS TRABALHADORES deveriam se organizar em Cooperativas e essas exigirem, como condição básica, o cumprimento do "PACOTE DE SMS" pelos cooperados. Seria uma condição "SINE QUA NON". Os contratos seriam feitos via COOPERATIVA. As Cooperativas assinariam um ANEXO DE SMS CONTRATUAL e seriam pontuadas mês a mês pelas contratantes e se não obtivessem uma pontuação mínima, não mais seriam convidadas para licitações futuras. E porque não fazer um PLANO DE SMS, nos moldes dos já consolidado PPRA, PCMAT, PPR, PCA, PCMSO que tanto facilitou a vida dos Fiscais do Trabalho? Daltro SOUZA Silva – Ass./Consultor em SMSe.mail: [email protected]

  2. Muitas vezes o trabalhador se esquece da segurança, não acredita que é arriscado ou acredita a sorte como diz o texto. Esses dias estava na empresa onde trabalho e tinha três pessoas trabalhando em altura, e sabe quantas estavam com cisto fixado? Nenhuma! Todas três estavam com o cinto solto, um absudo. Tive que chamar a atenção deles e do chefe deles, muito chato…Abraços.

  3. Concordo com seu comentário. É bem por aí mesmo. Emprego tá difícil e tem gente que acaba aceitando essa condições que as empresas fingem que não sabem.Tenho acompanhado trabalhos em altura já alguns anos e, um dos acidentes que presenciei foi exatamente em funçao do vento. Nesse caso eram telhas de alumínio. Felizmente ninguém se feriu, mas o potencial foi muito alto.Abraços

  4. CONCORDO COM O EXPOSTO, PORÉM DEVO SALIENTAR QUE NO TRABALHO EM ALTURA NA COSNTRUÇÃO CIVIL, AS CONDIÇÕES E ATOS INSEGUROS SÃOUM EFEITO DIRETO DA AINDA POUCO QUALIFICADA MÃO DE OBRA,POIS NESTE CASO O TRABALHADOR TEM O RECEIO DIRETO DE PERDER O SEU EMPREGO,NÃO RARO CONHECE O RISCO,MAS SE SUBMETE-SE A ESTA SITUAÇÃO,NOS TRABALHOS EM ALTURA REALIZADOS OFF SHORE, SÓ OCORREM COM CONDIÇÕES LIMITANTES DE VENTO (25 NÓS)OBS: 1 NÓ EQUIVALE A 1875 MT, E MONTAGEM DE ANDAIME 21 NÓS, PARA SE EVITAR O EFEITO "VELA" QUE É A IMPULSÃO DO TRABALHADOR PELA A TABUA, CITO ESTES CASOS POIS ESTANDO EM MÉDIA A 120 KM DE DISTÃNCIA DA TERRA PODERIA-SE SE BURLAR AS NORMAS, MAS TAO FATO NÃO EXISTE PELA FISCALIZAÇÃO,CONSCIENTIZAÇÃO, TALVES A DRT,CREA,SINTERJ, DEVESSE SE TORNAR MAIS ATUANTE,E NÃO APENAS UM MERO GERENCIADOR DE ESTATISTICAS.

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