Ele fazia o serviço de dois na metade do tempo, mas o seu fim foi trágico!
Segura que lá vem história!
Ninguém foi ver como ele fazia o serviço de dois na metade do tempo.
Quero deixar claro que esta ocorrência é real, porém não vou mencionar nomes de ninguém e nem da empresa onde aconteceu essa fatalidade.
Muito embora, quem me acompanha sabe que eu sou a favor de que todos os relatórios de acidentes sejam públicos. Assim, outros poderiam se beneficiar desses relatórios e trabalhar na prevenção de situações similares 
em sua empresa. Mas isso ainda é utopia. A grande verdade é que as empresas preferem esconder seus relatórios a sete chaves.
Voltando ao nosso caso!
Havia uma atividade na empresa que consistia em fazer a limpeza periódica de um tanque (vou colocar umas imagens na tela); a limpeza era executada por dois funcionários que seguiam o procedimento existente, onde a regra dizia que a limpeza deveria começar de cima para baixo.
Durante sua utilização, o tanque acumulava material em suas paredes e a limpeza era feita com jato de água que fazia com que o material se soltasse, caindo no fundo do tanque.
O trabalho durava cerca de 4 horas sendo executado por dois funcionários.
Porém, certo dia houve a necessidade de se fazer a limpeza, mas os dois funcionários não estavam na empresa (esse foi o primeiro elo da corrente).
Sendo assim, o gestor da área escalou um funcionário para executar o serviço sozinho (mais um elo se fechava). No entanto, o funcionário realizou o serviço sozinho em apenas duas horas. E aqui eu faço meus comentários.
Penso que ele foi elogiado pela rápida execução do serviço, pois reduziu o tempo de trabalho e a mão de obra em 50% (esse é mais um elo da corrente).
Conforme eu disse anteriormente, o procedimento correto era iniciar a limpeza de cima para baixo, porém o funcionário pensou que, se fizesse a limpeza de baixo para cima, o serviço seria mais rápido.
E assim ele procedeu a limpeza. Conforme ele utiliza o jato de água na parte de baixo do material, em um dado momento a própria gravidade fazia o serviço, pois o peso do material fazia com que le se desprendesse da parede do tanque e caísse em grande quantidade (e aqui se fechava mais um elo da corrente). Agora estava tudo preparado para o trágico desfecho final, fechando o último elo.
O serviço continuou sendo feito por ele dessa forma e acabou virando rotina para o funcionário e ninguém foi ver como ele estava executando tão rápido.
Até que um dia o material se desprendeu e ele não teve tempo de sair de baixo, sendo soterrado dentro do tanque.
Infelizmente, mais uma fatalidade que poderia ter sido evitada, através de ações básicas que por este ou aquele motivo, não foram tomadas, vitimando mais um trabalhador.
Quais as lições aprendidas dessa ocorrência?
O que deveria ter sido feito para evitar?
Quero saber a sua opinião!
Tchau!
Técnico em Segurança do Trabalho, graduado em Gestão Ambiental e especialização em Prevenção e Combate a Incêndio. Nas horas vagas sou músico e professor de violino!!!
